Como o cinema manipula a audiência com a psicologia das cores em uma produção audiovisual?
O arrepio nas costas naquela cena de terror, a exaltação naquela super cena de ação. O encantamento e o lado emotivo aflorando na cena romântica. Todas essas sensações que o cinema gera em seus filmes é um conjunto que envolve roteiro, atores, edição, som e as cores. Sim, as cores são fundamentais para criar determinados climas e até mesmo manipular as emoções do espectador.
A escolha das tonalidades e os efeitos que elas criam, não são aleatórios ou escolhas pessoais do diretor e editor. A psicologia das cores no audiovisual traz o lado científico que ajuda a criar o clima exato na cena certa.
Que tal conhecer alguns desses efeitos criados pelas cores e assistir seu filme favorito com um novo olhar?
A psicologia das cores no audiovisual
“Se é roxo, alguém vai morrer”. Essa máxima é o título de um dos livros mais famosos sobre o uso das cores no cinema. O livro “If It’s Purple, Someone’s Gonna Die”, da escritora Patti Bellantoni, traz as explicações e exemplos de seis cores principais: vermelho, amarelo, azul, laranja, verde e roxo.
A autora organiza esses exemplos e explica o que é a psicologia das cores no cinema e como ela se altera dependendo da tonalidade usada. O azul, por exemplo, se for mais claro, pode indicar um ambiente mais frio, inóspito, mas se for quente, remete a uma sensação mais receptiva.
Veja na imagem abaixo um resumo das cores e significados trazidos pela autora:
Imagem: encurtador.com.br/flMVY
Vamos conferir alguns exemplos?
Ok, você já entendeu que a cor gera determinadas sensações. Que tal vermos alguns exemplos na prática?
Poder e perigo: vermelho
No clássico 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick, o vermelho na roupa do astronauta, em contraste com o branco da nave, indica certo poder do personagem sobre a máquina. No fim, isso muda, quando a máquina se rebela e a cena toda se pinta de vermelho. Ou seja, conhecendo a psicologia das cores no audiovisual, o diretor consegue reforçar a narrativa do filme e criar sensações específicas.
Conforto e loucura: amarelo
Vale lembrar que a cor é um importante auxiliar da narrativa e sensações criadas pelos filmes, mas tudo tem que estar conectado com o enredo. Exemplo disso é o uso do amarelo, que é uma dos tons mais versáteis e, por isso, enigmáticos.
Nos filmes do diretor Wes Anderson, o amarelado que toma conta das cenas traz impressões mais leves, como o relaxamento no longa Hotel Chevalier. Mas o amarelo também pode indicar instabilidade e loucura, como no filme Birdman, ou no figurino clássico de Kill Bill.
Isolamento e revelação: azul
Da mesma forma a depender do enredo, a cor assume funções e sensações variadas. O azul em O Regresso ajuda a reforçar o clima frio das cenas, mas também cria uma aura de isolamento, solidão e abandono do personagem. De outra forma, o tom azulado pode passar calma e certa passividade, como uma espécie de aceitação de uma verdade, uma revelação. É o caso de Clube da Luta, por exemplo, em algumas cenas reveladoras.
Conhecer para produzir
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